2007 está mesmo a terminar... e que ano, cheio de tudo, alegrias, tristezas, movimento, inércia, energia, fadiga, desejos, ambições, realizações, partilhas, um sem fim de acertos e erros, desconcertos, sintonias e muito, muito mais! Mas há muitas coisas que desejo verem-se repetir no ano que aí vem, e há poucas que não abdicaria de as ver realizadas, sendo uma delas o valor da amizade, que só se completa quando se sonha e se partilha, muitas vezes acompanhado. Cumplicidade...
Enfim, para terminar partilho aqui uma frase que não é minha, é de um dos autores que já li e continuo a reler, que dita assim:
"...,concebo que seja importante saber o que se quer, toda a gente tem palavras desses na boca, mas penso que é muito melhor querer o que se sabe, leva mais tempo, é certo, e as pessoas não têm paciência,..." p.252
História do Cerco de Lisboa, José Saramago
(a imagem é partilhada com o blog aqui ao lado)
12 países, 12 digestivos, 12 meses do ano.
Da esquerda para a direita:
Lituânia, Chipre, Polónia, Moçambique, México, Brasil, Alemanha, Grécia, Jamaica, República Dominicana, Cuba, República Checa.
Em 2007 pedalei mais de 1000 km, corri umas centenas, caminhei outro tanto, mas andei muitos mais quilómetros de carro, avião ou noutros meios de transporte. Ainda assim, tudo somado e concluo que passei muitas mais horas sentado à secretária. Deve ser por isso que a balança acusa mais um quilito ou dois...
Por todos os motivos, mas acima de tudo para fechar o ano em beleza, fui correr 40 minutos para o local que se vê no vídeo, onde cheguei ao som de uma das minhas músicas de eleição neste ano que termina.
Se pudesse escolher um local para iniciar 2008 não hesitava, apontava para o que se vê na imagem (depois das obras concluídas, do ferro 18, etc...). É um sítio magnífico, mas abandonado, o que é pena!
Na doca pesca, em Setúbal.
Mais um local cheio de graffitis, onde nem um barco abandonado escapou aos sprays. Um armazém na Avenida Antero de Quental, à direita para quem sobe da Estrada dos Ciprestes para o cruzamento de acesso à A12. Outra perspectiva no blog aqui ao lado.
Na doca pesca, em Setúbal.
Na doca Pesca, em Setúbal.
Uma embarcação ao abandono no estaleiro naval ao lado da estacada do carvão.
...as chaminés que ainda se mantêm de pé, resistindo ao tempo e ao abandono? São tantas que mereciam a classificação de património histórico da cidade de Setúbal.
Num destes dias parei junto à antiga fábrica Mecânica Setubalense, na senda dos graffitis, e entrei.
Primeiro tive algum receio, porque o espaço está ocupado por gente sem rosto, daqueles que teimamos fazer de conta que não existem, simplesmente porque não se enquadram no ideal de um país desenvolvido, mas também porque a ruína iminente de todo o edifício, parcialmente em escombros, ou parcialmente de pé (depende da perspectiva), me fazia pensar que se o vento aumentasse ainda levava com uma parede em cima.
Foi uma surpresa. Primeiro porque é mais um daqueles espaços que apetece conhecer, cheio de cores, cheio de histórias, com uma vista soberba para o estuário do Sado e península de Tróia, embora para muitos não tenha qualquer beleza e não mereça atenção. Depois também porque dei por mim à conversa com um Cabo-verdiano que apanhava cobras e as matava numa garrafa com lixívia, alegadamente por se tratarem de uma praga, que me convidou a entrar e me assegurou não existirem motivos para receios, que por ali as pessoas não desprezavam os valores mais básicos da condição humana, os que se revelam no respeito pelos outros, mesmo os estranhos que ali aparecem e que lhes causam (a eles próprios!) alguns receios.
Não soube o que dizer, nem tão pouco o que sentir. Mas já digeri e processei a mensagem, guardando-a como um ensinamento que a vida me proporcionou.
À saída de Setúbal, pela denominada Estrada de Lisboa (N-10).
Solstício de Inverno a 21 de Dezembro (no hemisfério sul é no dia 22). É assim o primeiro dia de Inverno.
Um espaço de convívio e lazer que custou cerca de 4 milhões de euros - o auditório no Largo José Afonso.
Um verdadeiro mamarracho, digo eu! Dir-se-á que trouxe à cidade um ar de modernismo e desenvolvimento. Duvido! Tem um índice de utilização que ainda nem justifica as utilizações espontâneas que veio impossibilitar ao fim-de-semana, por exemplo, as futeboladas ao domingo de manhã que lá se organizavam...
Acabei de reparar que o blog Graffitis de Setúbal mostrava dois dígitos no contador de visitas. Confirmei então que está em destaque...
Tenho umas centenas de fotos de Graffitis de Setúbal, mas para não congestionar vou editando, nesse espaço que criei há menos de um mês atrás, umas 3-4 imagens por dia.
A foto que se segue foi tirada num armazém que se encontra ao abandono entre a Avenida Jaime Rebelo e a Rua Ocidental do Mercado. Para quem conhece a cidade, fica em frente ao Club Naval Setubalense. Por dentro é um verdadeiro museu deste género de arte urbana, num local que nada perturba, antes pelo contrário, até dá cor a um espaço aparentemente sinistro.
Fui à Segurança Social tratar de um papel que ainda não se pede por via electrónica. Fui cedo, para ganhar posição antes da porta abrir. Fui às 8 da manhã e estavam 3ºC, uma hora antes das portas abrirem, 60 minutos antes de ficar completamente gelado!
Ainda assim fui o 25º. Outros já lá estavam há mais tempo, tanto tempo que nem me responderam à saudação de bom dia. Deviam estar gelados ou este não era, definitivamente, um bom dia pare eles. Para mim também não!
Curioso com os números, fui agora descobrir que Portugal é o país mais desconfiado da Europa Ocidental, num estudo da OCDE destinado a medir a amplitude da desconfiança e falta de civismo, ocupando a 25ª posição. A mesma que eu ocupei até ser atendido.
Desconfio que isto não venha a mudar, mas até lá, conto não perder o civismo com a burocracias do país em que vivemos. Mesmo gelado!
Um local agradável, num bairro estigmatizado pela negativa. É assim, a beleza nem sempre combina com os mais virtuosos. Também acontece com as pessoas.
Tem o nome do descobridor Português natural de Sines... Está ao abandono em Setúbal, servindo de albergue a alguns sem-abrigo e de posto de ensaio para alguns graffitis. Num cenário de guerra ninguém diria que não tinha sido bombardeado!
Pintado para o 10 de Junho, comemorado em Setúbal. Quem assim o vê nem imagina que alberga no interior a maior comunidade de ratazanas do concelho e arredores!!!
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