registos, memórias e dicas de vadiagens...

Quinta-feira, 12 de Julho de 2007
Nostalgia ao deixar Havelock (Andaman & Nicobar Islands)

Deixar Havelock é difícil, sente-se no espírito e sem que se perceba bem até os diálogos nas últimas horas ficam condicionados, fala-se menos, reflecte-se mais. Serão eventualmente as saudades do presente que nos invadem os espírito e nos fazem sentir felizes.

Regressar um dia será um sonho, daqueles que nos despertam a alma e nos fazem projectar o futuro, mas naquele dia não podíamos deixar de admitir a beleza que lá deixámos poderá já ter deixado de existir, fruto da massificação do turismo que inevitavelmente se desloca para onde há um mundo por explorar, belo e por corromper. 

 

À saída tem de se passar por um portão em direcção ao ferry que nos levará de volta a Port Blair . Aí dão baixa do nosso nome num livro de registo enorme, que segundo dizem serve para dar conta dos que por lá estarão se se der uma catástrofe ou alguém se dê como desaparecido.

Importa lembrar que o Tsunami de 26 de Dezembro de 2004 também se fez sentir neste arquipélago, felizmente sem consequência graves, alguns prejuízos materiais mas sem mortos nem afectação dos fundos marinhos, onde em determinadas zonas desapareceram literalmente todas as barreiras de coral.

Contou-nos um residente que enquanto estava a tomar o "café da manhã" (não era café mas sim aquilo a que eles chamam pequeno almoço) viu a água sumir-se, sendo possível atravessar a pé até à ilha à sua frente. Como desconhecia o fenómeno ficou espantado mas não se mexeu . Depois veio a enxurrada que o levou à frente...!

 

Última nota sobre o portão da imagem. Para o passar tem de se mostrar o "permit" que se obtém no aeroporto de Port Blair assim que se chega. É um documento que permite a permanência nas ilhas Andaman & Nicobar, que à data não tinha custos, e funciona como um visto de entrada, quase tão importante como o próprio passaporte. Quem não o tenha consigo não safa, fica mesmo retido à porta e o meu estava com o passaporte que quase ficou perdido em Port Blair , mas essa é uma história que já contei num post passado.

 



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Quarta-feira, 11 de Julho de 2007
Mais conchas de Havelock

 

                                         

 

 

 

 

 



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Terça-feira, 10 de Julho de 2007
"Praia das Conchas" (Havelock)

Ao longo da praia número cinco em Havelock fizeram-se uns "campeonatos" de apanha de conchas, nada formal, entre amigos que caminhavam lado a lado e iam vendo quem descobria a mais bonita.

Um verdadeiro espectáculo! A praia, com a areia muito branca e fina. E as conchas, que noutro local mais explorado pelo turismo estariam concerteza nas bancas de um mercado qualquer, mas à venda...

 

 

Dois exemplos...

 

 

 



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Segunda-feira, 9 de Julho de 2007
Mergulho em Havelock (Andaman & Nicobar Islands)

Mergulhar em Havelock diferencia-se de todos os outros locais por onde já passei, por muitas razões, mas qual a principal não sei indicar.

Em primeiro lugar, as deslocações entre o centro de mergulho e o spot propriamente dito são feitas num barco tradicional, por sinal muito lento, o que prolonga imenso o percurso, não sendo esse pormenor um handicap mas sim uma vantagem. Sempre dá para socializar um pouco e gozar a paisagem, muito bela por sinal, serpenteando constantemente entre ilhas.

Depois também, pelos que trabalham como guias de mergulho, muito simpáticos e acolhedores. Aquele que foi connosco pertence a uma tribo ainda residente numa das zonas inacessíveis a turistas, embora ele já se tenha mudado de vez para a "civilização".

Por fim, pela beleza dos fundos de coral e todas as espécies que lá habitam e se podem observar, desde tubarões até ao pequeno Nemo, o peixe palhaço que as crianças adoram e os adultos também. São fantásticos, na sua natação graciosa sempre a esconderem-se nos corais e a logo de seguida a darem meia volta para espreitarem de novo...

 

  

 

 

Com meia dúzia de variedades, o peixe palhaço é muito raro e difícil de encontrar, mas nas Andaman chegam-se a encontrar três ou quatro variedades numa única parede de coral.

 



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Domingo, 8 de Julho de 2007
Uma Rede Especial (Havelock)

A imagem deste blog, na sua zona superior, veio de Havelock , mais especificamente da praia número cinco. Foi tirada enquanto relaxava numa "rede", presa num coqueiro que na maré cheia permitia inclusive que se balouçasse por cima da água.

 

 

Foi aí que tive a ideia de comprar uma igual, a que se vê nas imagens seguintes, onde regularmente faço uns merecidos descansos (como no dia de hoje...).

 

 

 

Mas não se pense que este tipo de "redes" se vendem já feitas, pelo contrário, para as adquirir tem de se escolher o tecido (pelo menos a cor), comprar umas cordas e levar tudo a um costureiro, que no final nos cobra umas rupias pelo trabalho executado. Muito barato, mas ir lá de propósito para comprar uma sai caro... ;)

 



publicado por allaround às 17:00
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Sábado, 7 de Julho de 2007
Beach Nº7 (Haveloch)

A praia número sete em Havelock, cujo verdadeiro nome é  Radhanager, situa-se na zona sudeste da ilha.

Existe apenas uma estrada (estreita) para lá chegar, mas o percurso faz-se tranquilamente e com pouco trânsito, ou eventualmente nenhum, o que contrasta com a fama do local, já eleito pela revista Times como a melhor praia da Ásia, o que não sendo verdade deve andar lá perto...

Com apenas um resort, o "Barefoot ", de qualidade superior e que não incomodará certamente os mais exigentes, cujo enquadramento não podia ser mais apropriado, a uns cem metros da praia e metido no meio da vegetação, a praia em si diferencia-se de todas as outras pelas árvores que lhe fazem sombra. Enormes na base e com mais de trinta metros de altura, têm um nome estranho cuja tradução para Português nunca cheguei a encontrar, "mahua ".

 

 

 

 

 

Uma curiosidade. Entre a praia número sete e o centro da ilha, junto à estrada encontra-se um templo do deus Shiva . Não há taxista que passe por lá sem se benzer...

 



publicado por allaround às 12:00
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Sexta-feira, 6 de Julho de 2007
Beach Nº5 (Havelock)

Em Havelock, as praias estão numeradas de 1 a 7, numa sequência que percorre a costa noroeste, logo à saída do pontão onde encostam os ferrys que chegam à ilha. Nessa numeração, apenas a praia número sete, com um nome difícil de pronunciar, Radhanager , se encontra noutro ponto da ilha, a sudeste da mesma.

A praia número cinco é fantástica, muito tranquila e de uma beleza estonteante. Num dos resorts que lá se encontram, o Sun Rise, encontram-se muitos Israelitas que passam meses a viajar, depois de cumprirem os três anos de serviço militar obrigatório, antes de ingressarem no ensino universitário, que pecam apenas por um pequeno pormenor, viverem demasiadamente em comunidade, pois onde se vê um vêem-se quase sempre muitos outros.

A praia é convidativa, não só pelo enquadramento de coqueiros e outras árvores tropicais, como também pela temperatura da própria água, cálida, ou até mesmo escaldante, consequência do facto de ter pouca profundidade e aquecer mais facilmente com os raios de sol. Mesmo à noite não se encontram temperaturas abaixo dos 28 graus centígrados.

 

 

  

 

Uma história curiosa sobre a praia Nº5 e o resort Sun Rise tem a ver com a nossa chegada e a ideia que os Israelitas fizeram a nosso respeito. Pela aparência, disseram-nos depois, parecíamos da Mossad , o serviço secreto do governo de Israel...!?

Seria da barba por fazer? Não ficámos a saber.

 

 



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Quinta-feira, 5 de Julho de 2007
De Port Blair para Havelock (Andaman & Nicobar Islands)

Port Blair é uma cidade pequena e, como muitas outras que podemos encontra na Índia Continental, sem interesse aparente. Para os turistas, serve quase somente como pondo de passagem para Havelock ou Neil Island, as ilhas do arquipélago que mais turistas recebem todos os anos.

Na necessidade de ficar alojado na capital das Andaman , encontra-se alojamento com muita facilidade, a preços acessíveis e com um conforto aceitável. A única surpresa que podemos apontar relativamente ao local onde ficámos alojados, o Holiday Resort, foi mesmo o facto de termos encontrado o recepcionista a dormir ao lado do balcão da recepção...

 

 

 

A viagem de Port Blair para a ilha de Havelock faz-se de barco. Sendo necessário reservar o bilhete com antecedência, segundo nos anunciaram, verificámos que esse procedimento só é mesmo necessário se pretendermos viajar em cabine climatizada, o que custa aproximadamente 120 rupias por pessoa, e o que nem sempre se revela como melhor opção, isto porque ao ar livre pode-se apreciar a paisagem e paga-se dez vezes menos. Ainda assim, 120 rupias é uma pechincha, para uma viagem que dura 2h30m .

No cais de embarque, encontrámos uns carregadores com os quais não conseguimos comunicar, não falavam inglês, mas como nos observavam com o ar simpático e humilde, ao qual já nos tínhamos habituado, resolvemos retribuir com alguma generosidade, oferecendo um cigarro com filtro a cada um que guardaram imediatamente atrás da orelha, pois não se pense que é todos os dias que se tem um cigarro com filtro para fumar...!

 

 

 

Uma passagem que não poderei esquecer tem a ver com o que se deu assim que embarcámos no barco. Já acomodados no lugar reservado, ouço uma bifa" perguntar pelo meu nome, com uma acentuação estranha mas que não deixava margens para duvidas, era mesmo eu. Algo surpreendido, lá me levantei e perguntei o que se passava. Tinha deixado o passaporte no guiché da alfandega nessa manhã, quando fomos comprar os bilhetes!? Fui a correr buscá-lo e nem queria acreditar na sorte que me coube com tamanha distracção, é que sem passaporte não entrava em Havelock, tinha mesmo de voltar para trás, uma vez que registam todos os nomes à chegada à ilha. Agradeci depois à dita "bifa", que soube tratar-se de uma Israelita com destino à Beach Nº5...

 



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Quarta-feira, 4 de Julho de 2007
Andaman & Nicobar Islands

 

O arquipélago das ilhas Andaman e Nicobar, que pertence à Índia, é formado por 572 ilhas e situa-se no Golfo de Benguela. Geograficamente, fica já mais próximo do Myanmar e da Tailândia, distando a cerca de 1200km da costa leste da Índia.

Para lá chegar, existem ligações aéreas e marítimas partindo de Chennai (antiga Madras ) ou Calcutá, com destino a Port Blair, a capital do arquipélago.

 

 

Constituído aproximadamente por 86% de floresta tropical, o arquipélago tem uma extensão aproximada se 700km, e a região mais a sul, composta pelas ilhas Nicobar, enconra-se sob protecção especial, quase inacessível aos turistas por se constituir como uma reserva tribal.

Foi Jacques Cousteau que em 1991 divulgou para o mundo aquelas que passaram a ser conhecidas como as ilhas esmeralda, onde as condições para a prática de mergulho são de uma beleza única e, felizmente, quase imaculada (por enquanto).

Na ilha de Havelock, onde o turismo de mergulho se concentra, e onde se encontra também a praia já eleita pela Times Magazine como a melhor da Ásia, fazemos a nossa incursão nos próximos posts.

 



publicado por allaround às 11:30
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