Estava no bar do "Malapascua Beach Resort" a beber uma cerveja e a ver o por do sol, ao lado de um gordo, velho, com uma prostituta "à trela", feia, nova e com fastio, quando dei conta que junto ao menu se encontrava uma nota explicativa do nome da ilha. Dizia assim:
Malapascua Island (Bad Christmas) - A ilha tem o seu nome desde o séc. XV quando Magalhães e a sua tripulação navegou "the Visayan Sea" e aportou na ilha à procura de água e mantimentos, mas foram embora sem nada, pois nada ali encontraram. Era o dia 25 de Dezembro.
Sobre esta ilha, já tinha anteriormente escrito outras coisas, a 17 de Agosto... acrescento agora um pouco mais: hoje em dia ainda não há quase água potável na ilha, a que por lá se encontra, extraída directamente dos poços, é salobra, e a que se bebe, especialmente os turistas com algumas notas na carteira, vem de barco, engarrafada, claro!
É um dos problemas mais sérios da ilha de Malapascua, a falta de água potável. Embora tenham montes de poços dispersos pela ilha, quase todos com a inscrição "donated by...", que se compreende atendendo à pobreza que por lá se encontra, esse poços poderiam ter o nome simples de buracos no chão com água, porque na sua maioria são mesmo rudimentares (o da foto é o melhor que por lá vi). E a água que deles se retira é salobra, o que não invalida que muita gente se remedeie com ela, transportando-a para os lugares onde habitam, porque canalizada, só mesmo à beira mar e para turistas (mas salobra).
Crianças felizes - saberão que cresceram quando ficarem tristes, como diria Tiago Salazar que tenho andado a ler nestes dias, juntamente com outros livros que trouxe na bagagem.
A foto foi captada na ilha de Malapascua, numa incursão pelas aldeolas pobres e dispersas que fui encontrando numa volta pedestre pela ilha.
Threser Shark representa o primeiro flop da viagem. Era suposto vê-los em Malapascua Island mas o mergulho resultou em quase nada. Quase nada é um exagero, até porque passei grande parte do tempo a curtir uns peixes palhaço (os nemos das criancas) e um scorpion fish ", um dos mestres da camuflagem.
Pois é assim, dizem que só à terceira ou quarta tentativa é que se vê o dito cujo, mas eu como tinha mais que fazer não investi nessa lotaria...
(a imagem inserida foi registada na parede de um dos centros de mergulho - uma miragem?)
Depois de Mactan e de ter ficado alojado uma noite na cidade de Cebu, desloquei-me para norte, em direcção à ilha de Malapascua .
Para lá chegar, tive de fazer uma penosa viajem de 4h num autocarro apinhado de gente e alguns animais. Na verdade, ouviam-se galinhas, ou galos, não sei bem, mas se galos fossem poderia mesmo dizer que viajava na companhia de atletas, tendo em conta que nas Filipinas a luta de galos é um desporto que move multidões e tem uma expressão que nunca pensei existir - mas essa é outra história, que contarei no futuro, hilariante, porque já fui assistir a uma tarde de lutas desses animais.
O autocarro parou em quase todas as "estacões e apeadeiros", que na verdade nem existem, porque para parar bastava que alguém quisesse sair, ou entrar, sendo que neste último caso a pessoa quase se atravessava na sua frente e o motorista tinha de parar bruscamente. O que vale é que tinha dormido bem, num hotel que me deixou mais uma história para contar, e não tive sono o caminho todo, pois vigilante e bem alerta lá tinha tempo de me agarrar.
Quando a viagem de autocarro terminou, em Maya, bastava apanhar um barco e em 25 minutos lá chegava a Malapascua . Acontece porém que assim que saí do autocarro o barco ía mesmo a partir e o próximo, o próximo só partiria quando estivesse cheio! Levou apenas 50 minutos e assim lá partimos, perto das 13h, sabendo que tinha saído da cidade de Cebu as 8h, tendo ate ao momento percorrido apenas 140km.
Mas valeu a pena! A ilha é um paraíso, quase que diria que se trata do Eden por desbravar, corromper, construir, maltratar... mas acredito que daqui por uns anos já não seja assim, porque falei com uns nativos e aquilo que me disseram é que cada vez há mais gente, especialmente na "hight season".
Como as condições são boas (refiro-me ao mar e o que nele habita) já existem uns centros de mergulho que juntamente com uns bungalows à beira mar plantados me vão fazer passar uns dias a relaxar.
A origem do nome Malapascua fica para contar depois, mas sabe-se que foi mesmo o nosso Fernão de Magalhães que a baptizou.
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