Acordei cedo. Queria descansar um pouco mais mas as voltas na cama ditavam que estava na hora do banho. Levantei-me, arrumei a mochila, passei o corpo por agua e desci para o pequeno almoço. Tinha sido a minha última noite nas Filipinas.
American Breakfast. O que implica comer logo de manhãzinha uns ovos estrelados, bacon, pão torrado e manteiga. Pouco recomendável, é certo, mas as alternativas não eram as melhores. Para acompanhar um chá Lipton, que pecou apenas por vir a escaldar.
Aproveitei o tempo disponível e o chá que arrefecia para ler o jornal, local obviamente. Fiquei a par de um sismo que tina abalado a zona norte das Filipinas, com epicentro no mar, que não causou estragos
Levantei-me da mesa, fui buscar a mochila e paguei a conta. Checkout completo, rua com ele. Com um táxi à porta nem precisava esperar, mas teve de ser, o espertalhão não queria ligar o táxi-meter e arrebatar de uma só vez 300 pesos, para uma distância que valeria no máximo metade desse valor, com trânsito e tudo. Esperei um pouco e lá passou um honesto, vazio, com AC e aquilo que poderia denominar de pé de chumbo, sempre a acelerar em direcção ao Nino Aquino International Airport.
Despedi-me da cidade. Despedi-me das férias. Em silêncio senti aquilo que um dia ouvi chamar de saudades do presente. Nostalgia em tempo real.
Entrei no aeroporto cedo, mas cedo que o necessário, mas pensei desde logo que poderia ser vantajoso, as hipóteses de conseguir um lugar no corredor da saída de emergência seriam maiores. Dirigi-me ao check in e foi aquilo que pedi, já agora, se possível, para os dois voos, de Manila a Amesterdão e daí para Lisboa. Cinquenta euros, era aquilo que teria de pagar, isto se quisesse ir de perna esticada. Nem podia acreditar, pensei que me estivessem a extorquir uns pesos a mais (embora o montante fosse mesmo referido em euros).
Pensei em reclamar, memorizei o nome Khristine H. Violete, a funcionária Filipina que me atendeu e virei costas, com lugar marcado para a fila 32, lugar G, logo atrás da fila pretendida.
Já distante, ocorreu-me pensar que poderia não haver ninguém interessado em pagar, o que acarretaria uma grave injustiça, beneficiando aqueles que chegam mais tarde, no caso do avião viajar completo (de passageiros). Enfim, ficaria para perceber, à posteriori, quem sabe?!
Acomodei-me no lugar e peguei na leitura, interrompida no momento que senti um abanão, o do avião a recuar na pista para a posição de descolagem (de descolagem não é bem o caso, porque depois da ajuda dos carros de tracção ainda se tem de fazer à pista). Fosse como fosse, foi nessa altura que reparei que não tinha ninguém à minha frente e sem tempo de reagir, de pensar um pouco mais, sou abordado por uma daquelas hospedeiras de bordo que parece que foram esculpidas a cinzel com a mestria de Miguel Ângelo, holandesa, só podia! Informou-me que assim que o aviaão levantasse voo poderia trocar de lugar, para o da frente, é claro, uma vez que eu era alto e lá ficaria bem melhor.
Nem podia acreditar, nem esperar tão pouco, levantei-me de imediato e passei para a frente, aproveitando para esclarecer ao que se devia tal medida. Regras novas, disse-me ela...
Refastelado e acomodado estava já nas leituras quando sou abordado de novo, desta vez por um comissário de bordo, que me convidava a mudar de lugar. Incrédulo e sem entender pensei que fosse para a “casa” de partida!? Mas não, era o lado oposto do avião onde viajava uma senhora com a qual ele não se entendia e podia não perceber alguma instrução urgente, em caso de necessidade, para operar com a porta de emergência.
Concordei e lá fui, mas qual não é o meu espanto que se tratava exactamente da mesma pessoa com a qual tinha viajado dezasseis dias antes na viagem para Manila. Uma surda musa, Francófona. Pelo menos era em Francês que ela comunicava, por escrito, porque por gestos não entendi nadinha.
O flight tracking a bordo mostrava
(nascer do sol a chegar às Filipinas, na viagem de Amesterdão para Manila)
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